terça-feira, 22 de abril de 2014

Pé chato

(do Latim fides, fidelidade e do Grego πίστη pistia) é a firme opinião de que algo é verdade, sem qualquer tipo de prova ou critério objetivo de verificação, pela absoluta confiança que depositamos nesta ideia ou fonte de transmissão (Wikipedia).

Certa vez, em meados dos anos 90, um pastor argentino veio até a Igreja Batista Central de Belo Horizonte pregar a Palavra. Meu tio, Pr. José Maria, foi intérprete durante os dias em que esse pastor esteve aqui e ele convidou o grupo de jovens de nossa igreja para ir no sábado a noite. Apesar de chegarmos um pouco antes do início do culto, não encontramos lugar para sentar e ficamos em pé nos fundos da igreja, e o pastor iniciou sua pregação.

Sinceramente eu não me lembro do que ele disse, eu não faço a mínima ideia, mas jamais esquecerei do que aconteceu comigo naquela noite. Em um determinado momento da pregação, ele pede para todos os que têm Pé Chato ficarem de pé. Eu era um deles. Não conseguia jogar futebol 15 minutos sem sentir uma dor quase insuportável a ponto de ter que parar para aliviar. Também evitava longas caminhadas, era realmente um grande incômodo. Já estava de pé durante toda a noite, e a perna começando a doer por conta do pé chato, pensei: vamos ver no que vai dar. O Pr. falou uma coisa que me chamou a atenção. Disse que oraria, e pediria a Deus que nos curasse, mas o que faria a diferença seria a minha oração e não a dele. Acatei a orientação e o Pr pediu para que repetíssemos a oração com ele. Daí ele pediu para que ao chegássemos em casa, molhássemos os pés. E que ao andarmos, veríamos a curva em nossas pegadas que antes não existia. O momento passou e eu não senti absolutamente nada. Nenhuma queimação, nem formigamento. Não senti nada diferente.

 O culto terminou, conversamos bastante e fomos para casa. O interessante que durante todo esse tempo, eu não estava torcendo para ser curado, não existia a ansiedade de chegar em casa para ver se estava curado, eu simplesmente sabia que já não tinha mais o pé chato. Era essa certeza que você tem agora, de que está respirando, essa certeza de que você está lendo este texto. Essa certeza absoluta de que você vive.

Ao chegar em casa fiz como o Pr havia falado: molhei a planta de meus pés e pisei no chão. Cara, me emociono só de me lembrar. A curva estava lá, meu pé não era mais chato. Eu comecei a correr e gritar de alegria entrando e saindo do box para continuar a ver a curva.

Hoje posso ficar horas andando, caminhando, correndo (mais ou menos, mas por outros fatores rs) que não sinto mais nada, nenhuma dor. Depois desse dia passei a jogar bola sem precisar para para A única prova física que existe de que eu tive pé chato um dia é um leve desalinhamento dos meus joelhos, causados por ele.

A Fé. Até onde foi a minha Fé nesse dia? Eu simplesmente acreditei que iria ser curado ou acreditei que poderia ser? Não sei te dizer até onde foi a minha Fé, mas eu posso afirmar categoricamente que eu não tive dúvida alguma de que Cristo havia transformado fisicamente meus pés antes de ir embora daquela igreja. Não havia dúvida. Não havia súplica. Não havia mais pedido e nem clamor. Apenas a certeza, a convicção.

Apenas a Fé.

Foi pela fé que Noé ouviu os avisos de Deus sobre as coisas que iam acontecer e que não podiam ser vistas. Noé obedeceu a Deus e construiu uma barca em que ele e a sua família foram salvos. Assim Noé condenou o mundo e recebeu de Deus a aprovação que vem por meio da fé.
Hebreus 11:7

sábado, 11 de janeiro de 2014

Uma longa caminhada, uma breve pausa.

Já se passou muito tempo desde minha última postagem. Muita coisa aconteceu em minha vida, e minha realidade hoje é muito diferente daquela de um ano atrás.

E uma dessas mudanças acabou consumindo boa parte do meu tempo, não sobrando quase nada para escrever.

Estou voltando a escrever, assim como o filho pródigo voltou pra casa. Sinto que deixei de cumprir minha missão, de fazer com que a verdade seja dita. Mas ela nunca deixou de existir.

Em breve postarei mais textos, compartilhando experiências e situações.

Um grande abraço.